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NR: Foi com tristeza que ouvi numa música de um jovem /ombwembwa/ para dizer paz. Se fosse inglês ou francês, claro que se preocuparia em pronunciar correctamente. É "OMBEMBWA", caramba! Deu cá uma vontade de lhe mandar fazer cópias, como na primária. Outro novo sembista "apressado", que reinventou tema do grande Waldemar Bastos, foi cantar Magalita, /wenju kulo/. Mas wenju, o quê? Frase tão simples no modo apelativo. "Enju kulo", quer dizer vem cá. Concluindo, cantar línguas nacionais sim, mas com a devida correcção. A seguir, matéria do Jornal de Angola
Artista quer músicas em línguas nacionais
O músico angolano Gaby Moy aconselhou na quinta-feira, em Luanda, os músicos a incluírem nas suas obras discográficas temas em línguas nacionais, de forma a valorizarem a cultura nacional. Em declarações à Angop, o músico afirmou ser importante que se interpretem temas nas várias línguas para que haja, por parte dos mais novos um certo interesse no kimbundo, umbundo e kikongo.
Gaby Moy afirmou que uma boa parte dos músicos que compõem em línguas nacionais já têm alguma idade, razão pela qual é necessário que os mais novos prossigam com o legado deixado pelos mais velhos. “As línguas nacionais devem ser valorizadas e os músicos nacionais devem dar o seu contributo para a preservação e divulgação da mesma”, disse. Do seu ponto de vista, é importante trabalhar para que no futuro haja compositores de temas em línguas locais, salvaguardando, desta forma, a identidade cultural. Por isso aconselha a juventude a consultar os mais velhos, de formas a interpretar, com propriedade, os temas em línguas locais. Gaby Moy é uma referência da música angolana da geração de 1980. O seu primeiro trabalho discográfico, “Vizinha Zongola”, lançado em 1992, lançou-o no topo da música angolana. Fazem ainda parte da sua discografia os álbuns “Semba Kizomba” (1994), “Tu Mbanza Muá Ngola” (1996), “Quem Procura Acha” (1998), “Angikitá” (2000), “Músicas do Musseque” (2003) e “Angolaníssimo” (2009).
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