sábado, 11 de janeiro de 2014

Uma das questões que inquietam quem acompanha os serviços de informação radiofónica reside na prática cada vez mais comum: os locutores de línguas nacionais (de matriz africana), a quem designamos de jornalistas, são em boa verdade meros tradutores da edição em português. O que é pior, a tradução/interpretação é feita a quente, de improviso, sem texto, com os tropeços e deturpação que se podem imaginar. Um exemplo é peixe seco ser traduzido como "ombisi yomukaku" (quando "mukaku" significa assado). Enfim, se jornalismo é recolha, tratamento e difusão de informação, os nossos locutores em Umbundu não passam de vítimas da subalternização, onde a língua oficial segue como factor de auto-negação identitária. Na realidade Umbundu que domino, caso das províncias de Benguela e Huambo, a Rádio Mais do planalto é a única que experimenta um serviço autónomo, onde os noticiários incluem registo sonoro dos interlocutores em Umbundu. Como até somos dados a imitações, não custava seguir-lhes o exemplo.

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Akombe vatunyula tunde 26-01-2009, twapandula calwa!

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