De acordo com a Angop (11 Setembro), Os 170 delegados ao V encontro de Línguas Nacionais (LN), decorrido em Menongue, no Kwandu Kuvangu, recomendaram quarta-feira a necessidade dos topónimos de origem africana serem escritos de acordo com a grafia bantu estabelecida pelo A.F.I. (Alfabeto Fonético Internacional).
Defendem em comunicado final que as direcções provinciais da Cultura devem aprofundar os estudos investigativos sobre o mapeamento linguístico das suas províncias, com a supervisão do Instituto de Línguas Nacionais, bem como estabelecer uma parceria técnico-científico com instituições nacionais e estrangeiras afins. Do Instituto de Línguas Nacionais espera-se o incremento da cooperação com os utilizadores das línguas nacionais e apelam ao bom senso das instituições superioras, no sentido de inserirem nos seus currículos mais línguas nacionais.
Incrementar e apoiar as publicações em línguas nacionais, criar prémios em línguas nacionais, bem como a necessidade das demais línguas nacionais serem estudadas com a máxima urgência, mereceu igualmente recomendação. Os representantes das 18 províncias do país recomendaram igualmente a recolha da tradição oral a fim de se produzirem textos didácticos.
Pela harmonização, recomendam que as igrejas e as entidades privadas sigam as regras da grafia Bantu, trabalhando em conjunto com o Instituto de Línguas Nacionais para o efeito e solicitem aos governos provinciais para colocarem placas de identificação das localidades, instituições, ruas e outros serviços em línguas locais.
Recomendaram também a criação de condições para a colocação das novas tecnologias de comunicação e informação ao serviço dos estudos sobre as línguas nacionais, assim como solicitam à Televisão Pública de Angola (TPA) o aumento de mais línguas nacionais na sua grelha de programação e mais tempo de emissão.
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