Texto- Jornal de Angola (20/09): De acordo com Rosa Cruz e Silva, que presidiu a cerimónia de abertura do III Congresso Internacional de Língua Portuguesa, em Luanda, por essa via, os angolanos tornaram a língua portuguesa mais adequada aos contextos culturais do país.
A língua portuguesa em Angola fez uma trajectória de afirmação do património partilhado, na medida em que desde os primórdios, até ao período mais crítico da sua história, os angolanos transformaram-na na principal arma da luta contra o sistema opressor, afirmou quinta-feira, em Luanda, a ministra da Cultura.
A língua portuguesa em Angola fez uma trajectória de afirmação do património partilhado, na medida em que desde os primórdios, até ao período mais crítico da sua história, os angolanos transformaram-na na principal arma da luta contra o sistema opressor, afirmou quinta-feira, em Luanda, a ministra da Cultura.
“Nessa medida, a língua portuguesa alcançou estatuto, tal como versa a
Constituição angolana. Ela vai merecer melhor tratamento dos estudiosos para
que o seu ensino se revele cada vez mais apropriado, bem como o seu
conhecimento. Esse exercício deverá ser feito em paralelo com as demais línguas
nacionais com que convive e que lhe deram a força que adquiriu hoje”, adiantou.
Rosa Cruz e Silva considera imperioso que se conheçam os principais entraves
que se assiste em relação a língua portuguesa para que não se comprometam os
objectivos preconizados, nomeadamente na transmissão do conhecimento e dos
valores civilizacionais da modernidade. Enquanto meio de comunicação para os
mais diversos fins, salientou, não se deve pôr em causa a importância da
memorização da língua portuguesa, a par das demais línguas nacionais, que por
força dessa luta deverá colocar-se ao mesmo nível de importância e utilização
de todos os interlocutores do país.
“Sem qualquer mácula, deve permanecer o diálogo, já que a diversidade
linguística do país constitui a sua grande riqueza na validade e diversidade
cultural”, frisou.
Na sua intervenção, a ministra da Cultura fez um resumo histórico da
importância que os soberanos do Reino do Congo e do Ndongo já atribuíam ao
conhecimento e domínio da língua portuguesa, com destaque para Nzinga Nkuvu,
Nzinga Yemba (dom Afonso I) e Njinga Mbandi. Estes soberanos, recordou, preocuparam-se com a instalação de escolas em que
deveriam, os meninos e meninas do Congo, aprender a ler e a escrever o
português.
Noutras circunstâncias, enfatizou, solicitaram a vinda de mestres, professores e missionários, que se encarregaram do ensino da língua portuguesa, multiplicando-se as escolas e enviando-se jovens para os conventos em Lisboa, fazendo assim surgir de forma acelerada os mestres, que continuariam a obra pelos séculos seguintes.
Noutras circunstâncias, enfatizou, solicitaram a vinda de mestres, professores e missionários, que se encarregaram do ensino da língua portuguesa, multiplicando-se as escolas e enviando-se jovens para os conventos em Lisboa, fazendo assim surgir de forma acelerada os mestres, que continuariam a obra pelos séculos seguintes.
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