sexta-feira, 25 de novembro de 2011

(Traduzindo) Máximas Umbundu: "O outro não te ensina a ser parvo, é porque já o foste antes".

quinta-feira, 24 de novembro de 2011


Vai subindo de tom a conversa sobre “A proposta de lei sobre o estatuto das línguas nacionais”, apresentada pelo Ministério da cultura e que alguns deputados e estudiosos acham que deve mudar a designação para "línguas de origem africana". Como é de esperar num país com tão fresco "complexo de assimilado", não faltam fazedores de opinião que rotulam de preconceituoso quem apoia a tentativa de maior protecção e divulgação das línguas nacionais (as indígenas de outrora). Desenterrou-se como “arma de arremesso” o facto histórico de os khoisan serem os mais antigos no território que hoje é Angola. Está-se mesmo perto de dizer que o Kimbundu, o Cokwe, o Kwanyama, o Ngangela, o Umbundu, entre outras de origem Bantu, bem como a dos khoisan, chegaram para cá à mesma época que o capitão Paulo Dias de Novais ou o descobridor Diogo Cão.

Sou de opinião que, conquistada a independência, se negligenciou um bocado a gestão das políticas culturais na vertente das línguas nacionais (entenda-se promoção de estudos sobre aspectos de identidade etnolinguística e tudo a isso inerente). A prioridade recaiu para a busca da estabilidade nacional e formação de quadros.

É certo que a vontade e a visão do detentor do poder acabam prevalecendo sempre, quando se fala de políticas públicas. Ainda assim, porque posso também falar, digo que não me parece justo, no mínimo, tentar agora equiparar a língua portuguesa, que, tendo em conta o seu avanço estrutural e científico, significaria claramente sobrevalorizá-la relativamente às já citadas. A nossa língua de união e oficial vai bem. E ainda bem. Mas deixemos que o Ministério da Cultura avance. A questão é, diz-se, que a Constituição não se refere a elas como línguas nacionais, mas como línguas nacionais de origem africanas. A pergunta de retórica é se terão sido consultados os nossos antropólogos na feitura da constituição. Enfim...

Os defensores da "secundarização da noção de pertença" apresentam os seus argumentos de razão legítimos e devidamente fundamentados, embora me pareça, de certo modo, um reeditar da "atitude" de "línguas indígenas". Dizem por exemplo que as línguas mais faladas em Angola são o Umbundu e o português, que não representam mais de 30% da população. Mas, só mesmo por curiosidade, por acaso dominam eles alguma dessas "línguas de origem africana", ou é o tecnicismo puro a se confundir com exotismo? Como diria M. Rodrigues Lapa, “os puristas têm a ruim tendência para considerarem uma só forma correcta” (Gramática do Português Actual, 2009. Pág. 4).

O semba e o ku-duro, muito apoiados institucionalmente, já agora bem podiam ser considerados "apenas" estilos musicais de origem africana, tal como diríamos do kwanza (apenas símbolo monetário de origem africana). Que tal?

Gociante Patissa, Benguela, 24 Novembro 2011

"Owima
owima
ocimboto caminga ekaya
ati Burity
sipise ko/"

(Traduzindo... Trecho da canção de Carlos Burity)

É azar
é azar
o sapo pediu-me tabaco
dizendo
'Burity,
partilhe comigo o seu cigarro'

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Só a panelinha de barro não cresce, uma criança cresce rápido. (máxima Umbundu)


Calomboloka okuti: Tata ciwa omõla wove, henla eci a kula, wiya oku kwatisa


Explicação: Não desprezes a tua criança, porque ela logo crescerá e te vai ajudar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Só as montanhas não se encontram, os humanos acabam por encontrar-se (máxima Umbundu)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A cabra pariu de noite, aguardamos pela manhã para avaliar a aparência (máxima Umbundu)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nos encostámos à razão, não ao parentesco (máxima Umbundu)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

"Quem procura mulher bela não se cansa" (máxima Umbundu)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Upongo wa fela


A fela,
Nye wa ñembela 
okuti mbela wiya? 
Anga kulete okuti ndulavoka?
 Wa nyola ocipundo cange 
omu nda ndawunda la mbela. 

Nye ocimangela, a fela? 
Wa sakalalisa utima wange lesanju lya mbela wiya
pwãi ocili caco mbela wosia. 
Linga ohenda ko ngunja yilo. 
kopilile mbela.
Lupukako muenle. 
Ulima ulo  ndo pongiyila ongusu.

A fela,
Ndingue ohenda 
Mbela u nena.
Kofeka a kasi kwalinga onumbi! 

António Salomão Ngandu, Benguela 31/10/11

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Etambululo: "Ina yukwene nda enda epenle, ku ko yole"


Adivinha: Estou de pé sobre uma extensa pedra, vou abanando lenços.


Resposta: Se a mãe de outrem anda carente de vestuário, não te rias dela.

Sexto Sentido TV Zimbo com o escritor Gociante Patissa 2015

Vídeo | Lançamento do livro A Última Ouvinte by Gociante Patissa, 2010

Akombe vatunyula tunde 26-01-2009, twapandula calwa!

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